Vista do Mercado Ver-o-Peso às margens da Baía do Guajará
VER-O-PESO
Beto
Ricardo*
Vir a Belém e não visitar o Ver-o-Peso é
como ira Roma e não ver o Papa, disse um vendedor de peixe ao ser entrevistado
durante o Inventário Cultural, Histórico, Arquitetônico e Ambiental realizado
pela Fundação Cultural de Belém (2000). Elo de ligação entre a metrópole e os
sertões da Amazônia brasileira, o entreposto comercial, que nasceu em 1688, foi
denominado pelo rei de Portugal “lugar de Ver-o-Peso”. Depois de muitas
modificações, o atual complexo comercial-cultural do Ver-o-Peso foi tombado
pelo Patrimônio nacional. É uma amostra importante e dinâmica da diversidade
socioambiental da Amazônia, pelas gentes e produtos que lá circulam
diariamente. Peixe fresco e salgado, do mar e do rio, ervas medicinais e
religiosas, plantas ornamentais, temperos, frutas e verduras, artesanato,
tucupi, manivas e farinhas, o Ver-o-Peso é também uma praça de alimentação, com
vários tipos de mingau, sucos de frutas e refeições a base de peixe frito.
Passagem obrigatória do Círio de Nazaré, a maior manifestação religiosa da
região norte do País, o Ver-o-Peso é palco de outras tantas festas populares,
como a do Caboclo Zé Raimundo, a de São Benedito da Praia, a de Iemanjá e de
São João.
Castanha-do-pará, farinhas-de-mandioca, camarão seco, barraca de
garrafadas, temperos e jambo.
Fonte: Almanaque Brasil Socioambiental (2008)
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