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Tráfico de animais silvestres



Tráfico de animais silvestres
O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilegal do mundo, atrás somente das armas e das drogas, e é uma das grandes ameaças à fauna do mundo todo. Os traficantes chegam a anestesiar os animais para que pareçam dóceis ou até a furar os olhos de aves para que não vejam a luz do sol e não cantem, para não chamarem a atenção da fiscalização durante o processo de transporte.
Esse comércio ilegal movimenta 10 bilhões de dólares a cada ano e o Brasil responde por 10% desse mercado. O comércio interno responde por 60% do tráfico e o externo, por 40%. As principais rotas de tráfico partem das regiões Norte (Amazonas e Pará), Nordeste (Maranhão, Piauí, Pernambuco e Bahia) e Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). De lá, os animais são escoados para o Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro) e Sul (Paraná e Rio Grande do Sul), onde são vendidos em feiras livres ou exportados através dos principais portos e aeroportos. Os destinos internacionais são países como Estados unidos, Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda, Suíça, Itália e França, Japão e Singapura.
Os destinatários desses bichos são, principalmente, colecionadores, indústrias químicas e farmacêuticas (biopirataria), lojas de artesanato e pet shops e os valores pagos pelas espécies variam de acordo com a atividade. Animais como aranhas, escorpiões e cobras são destinados à biopirataria. Para os pet shops, vão as aves raras e os peixes ornamentais e para o mercado do artesanato vão partes de animais, como penas, garras, dentes e peles.
Um levantamento da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) mostra que essa atividade movimenta 1 bilhão de dólares por ano no Brasil e que são capturados em torno de 38 milhões de animais, número muitas vezes mais alto do que as estimativas oficiais, de 2 milhões.
Fonte: Almanaque Brasil Socioambiental (2008)

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